Este foi e está a ser sem dúvida um dos anos em que mais tenho crescido, "deixar" as mesmas caras do dia-a-dia para trás, perder pessoas que pensei serem para sempre, conhecer gente completamente diferente, fazer novas amizades, safar-me "sozinha" porque enquanto não se conhece completamente alguém é mesmo assim safarmos como der, entrar na vida académica conhecer as tradições e honrar uma casa, gritar com todo o fôlego por uma faculdade até ficar sem voz, dar as mãos a alguém desconhecido mas que naquele momento partilhamos toda a nossa emoção porque estamos a fazer ouvir algo que é comum, algo ao qual pertencemos embora sejamos de cursos e lugares diferentes. E depois disto tudo e muito mais começa tudo de novo, sim porque mudei de curso e conhecia muito poucas pessoas deste novo curso, a adaptação é algo realmente difícil para alguém que estava habituada a não dar confiança a ninguém.

Acho que me descobri muito mais neste ano do que em qualquer outro, descobri o quanto as pessoas podem ser cruéis com aqueles que conhecem e não conhecem, descobri que só podemos saber quem é verdadeiro depois de estarmos no abismo e vermos que só uma ou duas pessoas estavam lá para ajudar a levantar, descobri que a menor confiança que depositámos em alguém pode ser o suficiente para darmos de cara no chão num piscar de olhos, descobri que a faculdade pode ser o melhor lugar para se estar mas também o pior, descobri que na vida só podemos contar connosco mesmos para tudo porque em algum momento por mais ínfimo que seja alguém vai falhar contigo porque ninguém é perfeito, descobri que também existem pessoas maravilhosas escondidas por aí à espera de serem encontradas, descobri que os melhores anos da nossa vida são aqueles em que mudamos de vida e entramos num novo ciclo porque sim é aqui na faculdade que vivemos os melhores anos, é que além de todo o convívio  festas, bebedeiras e etc que claro faz parte da vida de todo o estudante, é aqui que vemos quem é realmente quem e quem está connosco para o que der e vier, ás vezes é preciso passarem-se 13 anos para se descobrir que toda a gente tem duas caras e que nada é para sempre, tudo é eterno enquanto dura e pronto, Dura praxis Sed praxis!